JP Custom Guitars
Contruímos instrumentos musicais da mesma maneira como tu tocas! Com as mãos.
social
  • Início
  • Portfolio
  • Blog
    • Videos JP
    • Press
    • Eventos
    • Foruns
  • Facebook
  • Contactos
barlavento-algarve
24 de Abril, 2016

LUTHIER DE OLHÃO CONSTRÓI INSTRUMENTOS À MEDIDA DE CADA MÚSICO

JP Press

João Pessoa exporta os seus instrumentos feitos à mão do Algarve para todo o mundo.

João Pessoa nasceu em Moçambique, há 45 anos. Viveu na África do Sul até aos quatro e no Brasil até aos dezoito. «Depois, vim para casa», disse, uma vez que Olhão é a terra natal da sua mãe.
Não há muita gente a construir guitarras, baixos, cavaquinhos e afins em Portugal, pelo método artesanal. Na guitarra portuguesa, contam-se pelos dedos. Há os Grácio e os Cardoso e pouco mais. No caso de João Pessoa, não é um legado familiar, mas uma opção de carreira. «Sempre tive a pancada da carpintaria e, quando era adolescente, comecei a fazer instrumentos por curiosidade. Arrisquei, fiz um e, depois de ter concluído o curso de Design na Universidade do Algarve, resolvi abraçar a profissão a sério», contou.

Desde 1999, a sua empresa «JP Custom Guitars» constrói instrumentos de corda personalizados, de alta qualidade, tanto acústicos como elétricos. O desafio é perceber «as necessidades de cada músico, quer em termos sonoros, quer ergonómicos. Qual a sua estrutura física, qual o tamanho de mãos, que tipo de som deseja. A partir daí, o instrumento é feito por medida, especificamente para quem o vai tocar. Contudo, quem deseja um acústico tem de ter uma referência. Já deve ter tocado um dos meus modelos, para conhecer as suas tonalidades e poder escolher o que mais se enquadra na sua música ou no seu gosto pessoal», explicou. O material utilizado é fundamental para responder às expetativas dos clientes.

«Uso madeiras curadas durante muitos anos, muito estáveis. Tenho fornecedores específicos, de acordo com o material de que necessito – madrilenos, italianos, dos Estados Unidos da América, da América do Sul». É feito um molde do instrumento e inicia-se o processo. João Pessoa fotografa o progresso dos trabalhos e envia fotografias, semanalmente para o cliente acompanhar o projeto. A meio da construção, sempre que possível, o músico vem experimentar o braço, antes de o instrumento seguir para a fase de acabamentos. Contudo, o luthier do Algarve tem muitos clientes de longe, com os quais só contacta através da internet e que nem sempre podem fazer os testes presencialmente. Têm de confiar na arte, na experiência e no saber deste construtor.

Um instrumento leva, em média, entre 50 a 70 horas de trabalho. O ritmo de produção não pode ser contínuo, porque os instrumentos são colados, sem um único prego, e há que respeitar o tempo de secagem das colas e dos vernizes. A solução encontrada por João Pessoa para rentabilizar o seu tempo, é trabalhar em vários projetos em paralelo. Ainda assim, não produz mais do que duas a três obras por mês. Um instrumento elétrico, por exemplo um baixo ou uma guitarra, com a assinatura do luthier de Olhão não custa menos de mil euros. Os acústicos são mais caros, porque requerem mais trabalho, mais rigor e um cuidado mais demorado nos acabamentos. «O tempo que levo a fazer o reforço de um tampo acústico é o mesmo que gasto a fazer o corpo inteiro de uma guitarra elétrica», comparou.

Uma guitarra portuguesa não sai por menos de dois mil euros. E «é barato, comparado com a mesma gama feita por pessoas com nome antigo no mercado. Ofereço a melhor relação preço/qualidade e a assistência técnica dos meus instrumentos é gratuita». E trata-se de um instrumento belo e complexo. «Leva, no mínimo, quatro tipos de madeira: as ilhargas e o fundo são em pau-rosa ou pau-santo; o tampo é construído em cedro, abeto ou pinho de flandres; há mogno ou o cedro vermelho para o braço e ébano para a escala. Depois, há os frisos e as decorações, que podem ser feitos em madeiras diferentes. E ainda os trastes, que vêm em rolos. São cortados e embutidos nos roços abertos no braço. São vários continentes que se juntam num objeto». A terminar, João Pessoa explica como funciona este mercado dos instrumentos musicais: «a grande fatia dos meus clientes algarvios para os instrumentos elétricos são os músicos de bandas. No caso dos instrumentos acústicos são professores de música. Mas também trabalho muito para o resto do país, principalmente com os elétricos e os eletroacústicos».

No seu atelier também existe uma secção de reparações de instrumentos, bastante requisitada pela comunidade local. Refira-se que os instrumentos da «JP Custom Guitars» têm vindo a ganhar a confiança e o respeito de muitos músicos portugueses e estrangeiros. O ano passado, Pessoa lançou um projeto de crowdfunding com o objetivo de levar a marca algarvia à Musikmesse, a maior feira europeia de instrumentos musicais em Frankfurt. Conseguiu angariar 7805 euros, ou seja, 113 por cento do que necessitava, com 124 apoiantes.

por José Garrancho

In barlavento.pt

Share this...
Share on Facebook
Facebook
Pin on Pinterest
Pinterest
Tweet about this on Twitter
Twitter
Share on LinkedIn
Linkedin
Marco Martins Quintet 1st album – Crowdfunding Campaign Tuniko Goulart e JP

Related Posts

JP

Press

JP Custom Guitars: Wunschbässe aus dem Süden

Artigo_Guitarras JP rumo a Frankfurt_Dica da Semana_5.03.2015

Press

Guitarras JP rumo a Frankfurt

logo[3]

Press

RUA FM – Guitarras JP procuram ‘boleia’ para chegar à maior feira de instrumentos musicais do mundo

  • 6 Cordas
  • Acústicas
  • Baixos
  • Eléctricas
  • Electroacústica
  • Guitarra Portuguesa

Notícias

  • Eventos
  • Foruns
  • Press
  • Videos JP
JP Custom Guitars
  • JP Custom Guitars
  • Blog
  • Portfolio
  • Contactos
  • Política de privacidade
© JP Custom Guitars 2023
Powered by tecni24.com • since 2013
  • Videos JP
  • Press
  • Foruns
  • Eventos
  • 6 Cordas
  • Acústicas
  • Baixos
  • Eléctricas
  • Electroacústica
  • Guitarra Portuguesa
  • Rua Sebastião Manuel Coelho nº9, 8700-132 Olhão
  • 37º02″20′N 7º50″50′O
  • +351 91 714 65 61
  • jpcustomguitars@gmail.com